Falhas nas redes de esgoto
Estima-se que perto de 750.000 moradias no âmbito de estudo não estão ligadas as redes de esgoto nem possuem fossa séptica. Isso significa que uns 2,9 milhões de pessoas estão jogando o esgoto no ambiente, o que têm um custo anual estimado em R$ 415 milhões.
Em termos de cobertura de serviços de saneamento no Brasil, aproximadamente, metade da população está conectada a um sistema de coleta de esgoto e cerca de 70% dos esgotos coletados em redes são tratados. Em termos de fluxo, apenas cerca de 40% do esgoto produzido é tratado e no Nordeste o nível de tratamento é próximo a 32%. A média das 100 maiores cidades brasileiras com tratamento de esgotos foi de 50,26%; apenas 10 delas tratam acima de 80% de seus esgotos.
O número total de ETE no Brasil é estimado em cerca de 2.800 plantas (SPERLING – BID 2016; SNIS 2015). Estima-se que, do total de 5.570 municípios no Brasil, cerca de 1.900 (34%) possuem ETE (Estações de Tratamento de Efluentes). Mas o 49% das obras de ampliação das redes de esgoto empreendidas entre 2009 e 2015 através do programa PAC sofreram adiamentos, e no fim de 2015, apenas 32% das obras de implantação de sistemas de esgotos previstos estavam concluídas.
Os esgotos que não são adequadamente controlados, sejam por perdas na rede, por deficiências no tratamento (purificação) ou por impermeabilização pobre de fossas sépticas, eles podem se infiltrar e contaminar subterrânea e os aquíferos.
As redes de esgoto apresentam um estado de envelhecimento maior as redes de abastecimento, com menos investimentos em manutenção, e sendo que o esgoto é quimicamente mais agressivo com a infraestrutura física do que a água potável.
Índice de atendimento de esgoto dos municípios da Bacia Hidrográfica da RMF
Índice de cobertura da rede de esgoto dos municípios da Bacia do Acaraú |
Índice de cobertura de rede de coleta de esgoto dos municípios da Bacia do Salgado |
Fonte: ACQUATOOL CONSULTORIA, 2016