Considerando uma produção unitária de lixo por habitante e dia em Ceará é de 2,4 kg / hab · dia, dado estimado considerando a média de produção de resíduos sólidos, os índices de coleta, os descontroles existentes desde a coleta e a destinação final é os inumeráveis locais de disposição clandestina do lixo, obtém-se que no mínimo 630.000 toneladas / ano estão sendo jogadas no ambiente na Bacia Metropolitana, 190.000 toneladas / ano na Bacia Acaraú e 345.000 toneladas / ano na Bacia Salgado. 

O IBGE estimava em 2002 que eram gerados, no Brasil, aproximadamente 157 mil toneladas de resíduos domiciliares por dia. A edição de 2014 do relatório “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil” (ABRELPE, 2016) apontava que o ritmo de geração de lixo no Brasil aumentou cinco vezes mais do que a população entre 2010 e 2014, alcançando a geração total de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil em 2014 de, aproximadamente, 78,6 milhões de toneladas, sendo 215 mil toneladas por dia (+37%).

O custo da degradação ambiental por causa de lixo não coletado (jogado em lixões, rios, queimado, enterrado no terreno, ou outros) é avaliado a través do seu valor de reposição, que aqui se associa ao custo de coletar / tratar o lixo, valorado mediante a tarifa do serviço (R$ 111 / tonelada). Esse custo é reportado pelo Ministério das Cidades (SNIS, 2013).

Com base nessas hipóteses, obteve-se que o volume de resíduos totais não coletados (jogados no ambiente) se aproxima a 630.000 toneladas/ano na bacia hidrográfica da Região Metropolitana de Fortaleza, 190.000 toneladas/ano na bacia hidrográfica do rio Acaraú e de 345.000 toneladas/ano na bacia hidrográfica do rio Salgado. Isso vai dar um custo total anual dos impactos associados à deposição inadequada do lixo de aproximadamente R$ 120 milhões.

  Consultar a tabela de taxas de atendimento dos resíduos sólidos