Quantidade e valor da água perdida por ineficiências
As principais perdas de água valoradas correspondem às derivadas do sobre-consumo humano (consumo acima de 110 litros por pessoa e dia), a manutenção insuficiente das redes de abastecimento (as perdas das redes podem superar o 40%), o ao assoreamento de reservatórios e açudes (situado com probabilidade entre o 10% e 20% do total da sua capacidade teórica).
Valorou-se o volume total anual perdido e comparou-se ao déficit anual hídrico das diferentes bacias. Chegou-se às seguintes conclusões:
- A água que se perde anualmente nas três bacias hidrográficas supera como mínimo os 640 hm3 anuais. Esse volume equivale aproximadamente a 250.000 piscinas olímpicas. Em condições padrão (fora de períodos de seca), só a Bacia Metropolitana é deficitária em termos hidrológicos, é tem um déficit de 63 hm3 anuais.
- Destes 640hm3, aproximadamente 33% são perdas nas redes de distribuição. A melhoria da conservação das redes de abastecimento tem que ser prioritária em uma região árida como o Ceará.
- O sobre-consumo humano acima dos mínimos necessários marcados pelas Nações Unidas (higiene pessoal, comida, bebida) representa aproximadamente 12%. Além disso, a região já tem um consumo de água por capita relativamente pequeno. Isso força às administrações e à cidadania a reforçar os esforços e a mudança de hábitos.
- Os 55% restantes correspondem a perdas potenciais de armazenagem em reservatórios. Os trabalhos de manutenção dos grandes reservatórios requerem muitos recursos, mas poderão ser considerados viáveis em uma região muito exposta à seca e à estiagem.
Volume de água perdido anualmente por ineficiências (hm3 / ano)
Volume de água perdido anualmente por ineficiências (hm3 / ano) e valor associado (R$ milhões)